O papel aceita tudo (...)
Queria poder morrer hoje.
Bem no começo da tarde.
Não atrapalho o chá das cinco.
Queria poder ir embora.
Conhecer onde se mora pra sempre.
(...) mas não existe pra sempre.
Fui informada
que tudo é impermanente.
Então (...)
O que há dentro de mim
que não me deixa?
O que é isso
que me acompanha?
Que não me deixa
nem quando tento ser outra?
Que não me abandona
em circunstância alguma?
Como explicar a presença da falta?
Como justificar a tua ausência?
Nenhum comentário:
Postar um comentário