Queriam
que ele fosse Agosto.
Depois
virasse Outubro.
Ele
só queria ser ele mesmo.
Com
seus 30 dias.
Com
seu equinócio.
E
decidiu não virar.
Havia
um enigma
que
fez o ano
parar
no meio.
Estacionou
o inverno.
E
as únicas flores
abriram
no cemitério.
Maledicentes...
Línguas
espalharam
que
amarelou.
Havia
nele uma solidão.
Dias
que viraram
interrogações.
Havia
a vontade
de
não permitir
mais
nascimentos.
Havia
a vontade
de
cortejar a morte -
à
vontade.
Podia
ter sido ajudado.
Qualquer
outro mês
podia
ter-lhe
emprestado
sentido.
Mas
nenhum deles
queria
abrir mão
de
seu lugar no folhetim.
Ninguém
perdeu tempo.
Cada
um que cuide de si!
Quando
Setembro se foi...
Todos
se deram
conta
que faziam parte do
mesmo
calendário.
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