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domingo, 27 de novembro de 2016

O Cravo brigou com a Rosa

Não foi embaixo de uma sacada.
Nem foi a melhor sacada.
O Cravo deveria comparecer...
Havia dia e hora marcados.
Bastava decorar a lapela do noivo...
Abandonou o noivo no altar.
O noivo despido do Cravo,
não sabia mais quem era.
E o amor também já era.
Achando que era Crisântemo
foi a um velório.
Depois achava que era Lírio
e só falava em Jesus.
Pensou que era Crista de Galo
e passou a fazer tolices...
regava outras flores.
A Rosa decidiu
cultivar espinhos.
Assim, preserva a beleza.
Naquela rua,
nasce um jardim
que só quem consegue
- ser mais de um -
pode ver.
Naquele endereço,
uma vez que outra,
não havia nenhum transtorno,
e até a Rosa esquecia
de todas as flores

que já tinha tentado ser antes.

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