Escrevo pra todos...
Queria dizer
o que devo dizer
a cada um...
Então, me calo...
E no silêncio,
presto atenção ao resumo,
a história mais bem escrita.
Nunca soube como alguém
podia ser metade...
Olho sempre descrente...
E caminho
com medo de acordar.
Por isso, falo tão baixo.
Mas é como se gritasse.
Queria dizer algo,
mas é como se
não houvesse palavra.
É como se devesse
haver outra língua.
É uma impossibilidade.
Dizer te amo,
não supre.
A eternidade,
toda hora invade.
Queria dizer
que ganhei na loteria...
mas não.
Queria dizer
que tive sorte...
mas não.
Tenho medo de acordar.
Então falo baixo, bem baixo...
Assim, continuo acreditando...
Queria falar com cada um deles
e me desculpar...
por não ter sido essa
que sou pra ti...
Então,
(...) cada vez que te olho,
peço perdão,
a cada um de vocês,
que habitam um único.
Obrigada por ter nascido.
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