Quando festa acaba...
Quando cadeiras pra cima...
Quando doença se instala...
Quando terra arrasada...
Quando unidade neonatal interdita...
Quando buffet revirado...
Quando porta fecha...
Quando esperança cai de moda...
Quando resta nada...
Quando última convidada se retira...
Quando salão vazio...
Quando poeira grossa... chego.
Daí, eu chego.
Sou sempre a última...
quando lacrado... chego...
Chego com pé de cabra...
Vou embaixo do tapete,
faxino.
Quando mais nada...
nem bebida, nem comida...
Daí, eu chego...
Quando lixeiras cheias...
Daí, eu chego...
Dou uma organizada...
Faço voluntariado...
violo domicílio...
comemoro solidão...
me meto...
onde não chamada...
e parto para o único
parto possível...
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