De ti espero
vírgulas....
rascunhos passados à limpo,
o teu singular pluralismo,
a troca súbita de idioma.
Algumas reticências?
De ti espero
um novo verso gestado,
o teu último estado de melancolia,
o meu desespero,
supondo o que não existe.
De ti espero,
só de ti espero...
a palavra não dita... o impronunciável.
De ti aguardo paredes escritas,
que tu componhas a última música.
Eu aguardo na entrelinha...
o que a vida escreve por linhas tortas.
Ali reside a minha certeza...
que já acordou ao lado da tua dúvida.
Eu aguardo
com que nota tu inicias um assunto.
Nos teus braços,
não só há sede de viver...
me faz bem abraçar a morte.
De ti espero
um inusitado cotidiano,
a exclamação que termina em ponto final!
Meu amor,
feliz ano velho.
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