Entre sem se perder...

sábado, 9 de julho de 2016

O Príncipe de Vidro



Histórias frágeis
trincam qualquer coisa.
Rompe fora.
É quebra adentro.
O imperador reina
 atrás da vidraça.
 Aguarda pedra,
 aguenta perda.
 Ama transparência.
 Há uma inflexibilidade 
no que é translúcido.
Átomos se divorciam. 
O amor junta pedaços. 
Quem arrasta o ato... 
resta caco.
O regente reúne-se 
com seus estilhaços. 
A menor partícula
 faz sangrar. 
Imagens de vidro 
precisam de base. 
O equilíbrio do cálice
 é a haste. 
O sonho do cristal 
é suportar grito. 
Pra isso...
 alguns nascem temperados.
 O ar 
é o que mantém o fogo.
 Até a chama respira.
 Volte a sílica. 
Nasce da tua 
menor unidade.
 De grão em grão... 
há outros pontos de fusão.
Vem pra onde a terra
 encontra o tapete do mar.
 Cansado de conter... 
serás contido. 
Nada em ti se degrada. 
Quem governa 
precisa ser reciclável. 
No fundo, 
bem no fundo... 
é só decidir... 
se preferes ser sólido 
ou duro. 

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