Entre sem se perder...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Cigana


O vento que te aplaude
é minha brisa que insiste.
Só ao mar é permitido
brincar de ir e vir.
O cio de todas as fêmeas nos dá licença
pra que eu seja tua única crença.
Sou o encontro,
no entrecruzamento do ponto.
Chego quando nada basta.
Danço só quando me inundas.
Afino tuas cordas com as do universo.
Sou o fogo permanente.
Sou tua ideia recorrente.
Na barra da minha saia
nasce o teu jardim...
Ao afastar a relva
encontrarás tua única saída.
Percorre todas as linhas
te acidenta em todas as curvas.
Só aqueles que não dormem
sabem o que é sonhar.
O verbo é quem propaga o destino
 sem vontade de mudar.

Sandrarosa é o amor
que  insiste me desposar.

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