Entre sem se perder...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Ilê



Minha casa tem 7 linhas.
Arco que abriga 7 flechas.
Pra chegar...
se cruza 7 encruzas.
Habita o ponto, a reta,
e tudo vai além do plano.
Inicia a 4ª dimensão.
O círculo movimenta,
o símbolo fixa, 
a palavra propaga.
Dentro do quadrado
repousa o triângulo.
Cada elemento em forma.
Soa o suor do seu sino.
Sinal que inicia a nossa sina.
O cilindro de bater
faz vibrar o couro,
arrepia a pele.
Lá, se bate cabeça,
em respeito ao chão.
Minha casa de rezar
é lugar sem número.
Pra todos tem hora e dia.
Em geral se vem 
pela rua das dores.
Poucos conhecem atalho.
As paredes são de cair.
Formato,
roupagem,
modelos, 
ritmos,
arquétipos,
proporção.
Todas as doutrinas se reunem.
AUM- BAN -DAN
Espírito, cosmo, éter.
A casa é o miocárdio, 
é cada cardiomiócito,
é unidade cósmica.
De repente,
não há teto,
nem imaginação.
E a mais pura geometria, 
pode parecer ilusão.
Lá, se cumpre carma,
se voa sem asa 
e se vive sendo visto,
sempre fora da casa.

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