Entre sem se perder...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cada um no seu cárcere privado.


Quando não se podia falar
nunca se disse tanto...
Cada balbuciar gritava...
Quando se foram os anos
anistiamos nossos sorrisos.
Então, de tanto nos contentar
demos causa à tolice.
Plena liberdade
clandestinas idéias.
Nostalgia paralítica
que nos acostumou calar.
Hoje, a revolução
caminha desacompanhada.
Pelas ruas, saídas de colégio, no muro,
a moda desfila o nada de novo.
Quem diria...
Saudade da palavra presa
do corredor molhado...
Saudade das saudades que não pude sentir...
Saudades do cheiro de óleo diesel
Saudades dos canos, das canas...
de todos generais sacanas.
Saudades duma genialidade que perdi...
da arma que me tomaram.
Saudades dos cartazes de teatro arrancados!
Por favor, se eu estiver errado:
- me censure!
Agora quando escrevemos cale-se
significa cálice mesmo.
Embriagues que nos faz reféns
de torneiras que um dia choraram chumbo.
Bebamos à memória daqueles que morreram.

Um comentário:

Unknown disse...

puxa, vim até aqui e fiquei ensopado, encharcado de coisas bonitas...
parabéns, guria, teu blog tá lindo.

abração!