Entre sem se perder...

sábado, 27 de agosto de 2016

A sua mercê


Não, não há de quê...
Penso nos cantos.
Pensa que cantas. 

Não, não há de quê...
Tu menos fraco.
Eu junto o caco. 

Não, não há de quê...
Apaguei a louza.
Lavei a louça.

Não, não há de quê...
Fiquei com tudo.
Sem conteúdo. 

Não, não há de quê...
Falo com tudo.
E o criado mudo. 

Não, não há de quê...
Cortei a linha.
Fiquei na minha. 

Não, não há de quê...
Fiquei de costa.
Como tu gosta. 

Não, não há de quê...
Pediu a bunda.
O amor afunda. 

Não, não há de quê...
Não se desculpa.
Ninguém tem culpa. 

Não, não há de quê...
Deus cobra a conta.
e bem redonda. 

Não, não há de quê...
Não tem dinheiro, não?
Ele aceita cartão... 

Não, não há de quê...
Deus cobra,
Deus cobra.

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