Caía a noite embriagada...
O horizonte sobre a linha
anotou por anos
o que ele notou
do que ela não disse.
Cintilava uma eloquência.
Misto de calma e manifestação.
Toda a verve, impaciência.
Blasfemou sobre a beleza
que ofendida passou a vagar...
Ofereceu camelos,
ela, tratado de Alquimia.
Recitou-lhe o Corão,
ela se dizia de Alexandria.
Ofertou-lhe um turbante,
ela se recusou a cobrir o terceiro olho,
que ele não enxergava.
Em segredo,
a levou pra tenda,
mas como poesia,
deveria ser lida em voz alta.
A beleza sempre ofende a Medina.
Deu-lhe água,
atravessava um deserto sozinha,
por isso vivia em tempestade.
Musa de sílica,
era o verdadeiro tesouro d' areia.
Quem diz que a ama,
é digno de oásis.
Pra prosseguir viagem,
deve-se crer em miragem.
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