Estamos Marias e Josés
mas não somos Josés
nem Marias.
Estamos
mas não somos.
Vestimos roupas emprestadas
roupas perecíveis.
Roupas que aguardam
serem guardadas
num luxuoso armário de madeira
também sem importância.
Aguardamos o dia solene
do abrir e fechar
sem chaves.
E pela passagem secreta
alguns descobrirão
o fundo do armário.
Alguns acenderão a luz
outros demorarão
a encontrar o interruptor.
Não choro por aqueles que perderam a roupagem.
Choro sempre pelos apegados demais
as próprias vestes.
Um comentário:
----- Original Message -----
From: Débora José
To: silviamarasempaginas@terra.com.br
Sent: Monday, June 14, 2010 1:49 PM
Subject: Poesia
Olá,
te conheci através da TVE, quando passava sem parar trechos do teu poema "Amarela"
me apaixonei por esse poema.
baixei os vídeos no you tube e copiei cada verso para ter sempre comigo.
teu blog é muito legal e teus outros trabalhos são lindos!
comecei agora pouco um blog também, onde resolvi colocar meus poemas que escrevo desde 1998, e nunca publiquei nenhum.
se quiser dar uma olhadinha lá e me dizer o que tu achas, obrigada.
http://deborajosepoesia.blogspot.com/
Débora José
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