Carrego comigo a carga de todas as fêmeas
a indigestão de todas as raças
o mal estar de todos os tempos.
Não deixo nada guardado.
São os segredos que me despejam
me expõe
me botam pra fora.
Não digiro nada direito.
E sofro ao pensar
que tudo está bem.
Prefiro a fome
porque a cegueira não mata.
Pensar que o mundo são só partículas
é morar na zona de conforto.
É preciso muita fé
pra ser materialista.
Este poema dedico ao ateu
que ontém
enterrei rezando.
Um comentário:
----- Original Message -----
From: Débora José
To: silviamarasempaginas@terra.com.br
Sent: Wednesday, June 23, 2010 5:39 PM
Subject: Amarela
Olá Silvia,
Acabo de receber teu dvd e estou muito feliz!
Desde que vi a exposição no Gasômetro me apaixonei por esse poema, mas na época eu não tinha internet e não sabia como entrar em contato contigo.
Agora que te achei e descobri teu blogue, leio sempre teus trabalhos.
Admiro muito teu estilo próprio de escrever, e espero que tu continues sempre assim.
Faço poesia desde 1998, mas nunca mostrei para niguém por ser muito tímida.
Agora resolvi colocar tudo no meu blogue. Pretendo um dia publicar um livro.
Gostaria muito de saber sua opinião sobre meus poemas, se puder.
Fiz um poema há algum tempo atrás, inspirado em Amarela, veja se gosta: SIMBIOSE - http://deborajosepoesia.blogspot.com/2010/06/simbiose.html
Muito obrigada pelo dvd e por ser assim querida e atenciosa com os fãs!
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Débora José
http://deborajosepoesia.blogspot.com
twitter@debjpoesia
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