
Chegaste aqui sem identidade.
Tu és um nome
que se apropria indebitamente de sobrenomes.
E serás sempre fadada aos restos.
Serás sempre estepe
pneu de estepe.
Aplaudem os meus segredos
enquanto o teu público cai na privada.
Estou dando descarga.
Não sofres de nenhuma doença
são elas que sofrem de ti.
E jamais poderás sequer me fazer sombra.
Te embebedarás em lágrimas
com alto teor alcoólico
e fumarás teus dedos
e envelhecerás todos os dias
mais e mais
e por dentro.
E serás tão ou mais estéril
do que sempre foste.
E não haverá o que fazer.
E te preocuparás
com a relevante cerca do vizinho
depois com as pulgas do vizinho.
E a mulher do mesmo que se cuide!
Serás sempre aquela que sobra.
Serás sempre aquela que sobra.
És aquela coitada
cuja única coisa que minha felicidade pode sentir
é pena.
4 comentários:
----- Original Message -----
From: Alessandra Grijo
To: Silvia Mara
Sent: Monday, September 22, 2008 9:10 PM
Subject: RE: pura poesia Amarela
Antes de mais nada...adoro o que tu escreve...
Seguinte:esse poema foi um dos melhores que já li!!Nossa,de onde tu tirou inspiração para escrever algo assim??Sinceramente,vc está de parabéns...pobre da pessoa que te inspirou!!Coitadinha...me deu até pena...mas é bom...é muito bom...me identifiquei:tem alguém que merecia ouvir isso na minha vida!!
Parabéns e sucesso!!
----- Original Message -----
From: Newton Muller
To: Silvia Mara
Sent: Tuesday, September 23, 2008 1:41 AM
Subject: Consenso
Oi, Princesa.
O "CONSENSO" continua no mesmo e elevado nível dos demais poemas. A foto selecionada retrata figura que, apesar de horrorosa, inspira dignidade. Parabéns.
Beijo.
Newton
Só se dá o que se tem. Dúvida, consumação, desejo,limitação, eis um ser. Será humano? Com carinho, Jorge.
bom ...queria mais do que um Blog..queria um livro poesias tuas
não sei se tens publicação, se tens me diga como conseguir ...
potente a tua escrita poética que me tocou
meu email é luciam35@hotmail.com
abraços
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