Entre sem se perder...

sábado, 23 de agosto de 2008

O Mapa do Anjo



Olho teu olhar velho anjo menino
Examino como quem examinasse
a anatomia destas ruas que são tuas...

(E por serem tão exclusivamente tuas, são também minhas!)

A dor infinita que sinto
é a dor das ruas de Porto Alegre
que te lembram tomado pelo sol de Mario na Alfândega.

Sempre me busco na esquina do teu verso.
São em tuas paredes que vejo as tais nuanças.
Tornei-me uma destas tantas moças bonitas
das ruas em que não andas mais.
(Mas às cinco - horário dos anjos - brincas em frente a casa com teus cataventos).

Quando eu for, um dia desses,
Assim como és...
As próprias ruas deste porto
Serei visível só pra àqueles que podem ver o nada.

Que faz com este ar seja o teu olhar
Suave inscrito misterioso
Cidade agora de meu andar

(Deste nem tão longo andar) a acompanhar teu consagrado repouso...

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