Entre sem se perder...

sábado, 23 de agosto de 2008

Dor de venezianas abertas

Debruço a dor sobre a janela.
Entoa meu canto mais triste.
E a tristeza cantada deixa tudo lá fora contente.
Tão belo que é de se ouvir o cantar dos que sofrem.
E a beleza aplaude a dor que escapava por entre a fresta.
Lá fora a vida segue
as coisas cumprem seu papel.
Pequena perto do que vejo.
Basta sentir o perfume do jasmim
e me torno grande.
Mas não se trata de generosidade do jasmineiro.
Pra se sentir feliz nem é preciso se pôr a janela.
Ás vezes, é possível ver através das paredes.

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