Entre sem se perder...

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Quando deus se cansa...

(À todo o povo de Santo - ontem, agora e sempre.)

O livro sagrado rasga suas páginas,
O esplendor abandona o altar,
A alta cúpula abre mão dela mesma,
A igreja se indispõe com as paredes,
O pedestal obriga a que Ele desça...
As imagens refutam a elas próprias,
O portentoso relicário se envergonha,
O altar nega todo o seu ouro,
A ritualística se enxerga enfadonha,
Quando cansa, está disposto a ser visto.
No sétimo dia, de fato, pára.
Vai pra terra da luz, 
e a sombra de uma samambaia,
Ele se achega...
te faz puxar um banquinho,
e como qualquer mortal,
te convida à pitar um cachimbo.

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