Entre sem se perder...

domingo, 7 de julho de 2013

Mea culpa


Troquei as mãos pelos pés...
o versa pelo vice
e fui tropeçando
nos próprios braços.
Plantando bananeiras 
para sobreviver.
Então,
como tomates verdes fritos.
Eu criei girafas no quintal.
Ousei inventar o mundo,
naufraguei no raso
da tua extrema lucidez.
Toda a dor de menisco
é incapacidade de rezar.
Eu celebro o útero 
e tu consagra a tua esterilidade.
Eu carrego pedras
que não pesam.
Tu penas pesadas.
Não aprendi tua língua,
não tive teu sobrenome,
mas reverencio o teu nome.
É admissível castelos na areia,
mas o inabitável mora em ti.
Liguei o ar 
porque tu é condicionado.
Toda a predileção por rock
é esta vontade sem fim 
de apenas dançar sozinho.
Não entendo esta hipotermia
se todos logo que morrem
permanecem quentes.
Desliguem a câmera fria
só para que tentando
 me lembrar do teu calor
eu possa te esquecer.  

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