Entre sem se perder...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Descrença



Sou a espera, a calma.
Há uma mansidão 
nessa minha inquietude.
O que trago, veio comigo.
Abriste mão de mim
por isso, me levaram.
Não sabias quem eu era?
E não sabes ainda 
o que fazer comigo?
Todas estão contidas em mim.
E este poder é feminino.  
De lembrar, agora mesmo,
desprende...
Eu dancei na tua frente,
nua e prateada.
Tu não me viu.
Tu também não acreditavas 
e aumentaste o coro dos incrédulos.
Sou aquela cercada de animais
por toda a volta.
Ao pronunciar meu nome,
ouvirás um hino em teu louvor.
Cala-me pra sempre
porque só a ti é permitido.
Se a beleza te confunde,
fecha os olhos
e fica só com o meu espírito.
Toma-me em teus braços,
uma única vez,
e recordarás que todo o meu corpo
é pura oração. 

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