Entre sem se perder...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Último aviso


Queria poder não te amar.
Qualquer coisa que explico sobre ti
me detesto.
Revirei tuas coisas.
Encontrei entradas e mais entradas
- tu não tem saída!
Acendi uma vela por ti.
Estou particularmente feliz.
O filme que passa
conta a história
de um poeta assassinado
morto duas vezes.
Uma parece que foi suicídio.
É 20 de março.
Queria nascer de novo.
Perdi o que estava dizendo...
Nada se resolve por decreto.
Desiste da Marina.
Ela nunca vai te amar.
- tu não tem saída.
Acho que estou me repetindo.
Acho que eu também não tenho...
Vou mandar a tua mãe às favas.
E nada de dedicatórias à Carolina.
Chega.
Prefiro te ver num filme pornô
a ler tuas cartas de amor.
Já disse
chega!

2 comentários:

gutipoetry disse...

Você sabe enveredar pelos atalhos e labirintos que só a verdadeira Poesia pode propiciar.Este poema, por exemplo, é repleto de atalhos e labirintos como deve ser um simples e, ao mesmo tempo, complexo itinerário de um romance desde a sua concretização até o seu desmanche! vou ler todos!

Anônimo disse...

Nas curtas nos abraçamos com vigor nessa consistente, ávida e colorida poesia. Nas longas o horizonte se deixa levar sem destino certo num redemoinho teimoso no lugar, cheio de versos inquietos que me parecem, querem seguir seu próprio rumo. Talvez devesse atender o apelo deles, os versos, e liberar essas poesias-borboletas em curtas pinceladas amarelas...
Ass.: AZUL.